♪♪ = Carmina Burana

. sábado, 26 de abril de 2008

Hoje a noite, as 19h, estarei indo assistir a Cantata Carmina Burana no Teatro do Sesi em Porto Alegre. Com sacrifício, consegui ingressos para estudante por apenas R$ 2,00, visto que ingresso normais estão R$ 50,00 e R$ 60,00.

Abaixo algumas informações sobre o Concerto.


Concertos SESI
Carmina Burana abre temporada Dia 27 de Abril - Domingo às 19h no Teatro do SESI

A temporada 2008 dos Concertos Sesi inicia em grande estilo no próximo dia 27. Carmina Burana – Cantata Profana de Carl Off abre a temporada do projeto promovido pelo Sistema FIERGS, através do Sesi-RS.
A primeira apresentação terá a regência de Manfredo Schmiedt e participação do Coro Adulto da Ospa, Coral da UFRGS e Coro Infantil Prelúdio da UFRGS , mais as pianistas Olinda Alessandrini e Cristina Capparelli e os solistas Luisa Kurtz, Carlos Rodriguez e Eduardo Bighelini.
Carmina Burana é uma das mais antigas coletâneas de canções medievais. Descoberta por volta de 1800, os poemas foram escritos quinhentos anos antes, contendo ainda letra e música de dois séculos anteriores. No pergaminho encontrado havia 200 canções, e a primeira edição veio a público somente em 1847. Carl Orff, compositor alemão nascido em Munique em 1895, dedicava-se ao ensino – em especial à musicalização de crianças e jovens. Selecionou várias dessas canções e intitulou como Cantata Profana, resgatando a herança dos primitivos trovadores. Como compositor, buscou a simplicidade e a comunicação imediata entre a música e seu público. Sua mais famosa obra é Carmina Burana, que estreiou em 1937, na cidade de Frankfurt, e logo se tornou conhecida por sua linguagem direta às camadas populares.
A versão que será apresentada no dia 27 é original do próprio compositor. Em Carmina Burana o ritmo desempenha papel fundamental, criando a atmosfera de cada situação. As melodias acompanham as linhas de verso dos poemas, com repetições progressivas em intensidade. As passagens líricas são envolventes árias operísticas e a escritura coral é predominantemente declamatória. Os pianos e a percussão são tratados de forma ampla, em geral reforçando os coros. A dança, incluída nesta versão, reforça o drama inerente à obra, acentua a empatia entre música e público, projetando assim a intensidade mágica dos “Poemas de Beuren”, ou “Carmina Burana”.

Em maio, a Orquestra Sttugart Kammer, da Alemanha, faz apresentação no Dia da Indústria – e também aniversário do Teatro do Sesi, dia 25.

Se você não tem a mínima idéia do que é a obra em questão, assista o vídeo para parte mais conhecida, "Oh Fortuna". Com certeza você já escutou um trecho dessa peça. É imperdível


Veja umas das várias cenas que este trecho da música serviu como trilha sonora. Essa é de Final scene " King Arthur's Death" de Excalibur (1981). A trilha é perfeita nesta cena de preparação para a batalha.


Veja o que a crítica falou sobre o espetáculo:

Aplausos à qualidade!


Um filme! E daqueles clássicos, seriamente candidato ao universo cult movie. Essa é a tradução exata do megaespetáculo Carmina Burana, apresentado em 27 de abril na abertura da temporada 2008 da série Concertos SESI, em Porto Alegre.

Com coordenação geral e todo o profissionalismo e sensibilidade da multifacetada Olinda Allessandrini, o espetáculo cênico-musical deveria com certeza entrar em temporada de pelo menos um mês, embora saibamos que se trata de complexa montagem. Lauro Schirmer, sábio e incomum conhecedor da música mundial têm toda a razão em afirmar que este é um dos melhores espetáculos apresentados nos últimos na Capital gaúcha (comentário feito pelo jornalista em 2006, na primeira montagem).

A cantata profana Carmina Burana, apresentada no Teatro do SESI, é versão original do compositor e universal educador alemão Carl Orff (1895-1982), apenas substituindo a orquestra pela percussão. Os poemas são originais de 1300 (com letra e música de dois séculos anteriores), e descobertos mais de quinhentos anos depois na Baviera. Orff selecionou vários destes poemas escritos por monges e viajantes, criando então esta cantata profana considerada em todo o mundo como uma das mais fascinantes coletâneas populares medievais. Misto de encantamento, misticismo, generosidade e emoção, a obra representa ainda o romantismo, a sedução e a valorização do sentimento de amar.

Composição essencialmente coral, valorizou gloriosamente uma arte infelizmente pouco focada pela grande imprensa gaúcha - embora famosa em todo o país. Estiveram majestosas as interpretações do Coro Sinfônico da OSPA e Coral da UFRGS... E encantadoras as cinqüenta e quatro promissoras vozes do Coro Infantil Prelúdio da UFRGS. A qualidade vocal nessa audição, como disse antes, é cinematográfica! Que sirva de exemplo este gigantismo, para que mais valor seja dado à merecida tradição coral em todo o Estado.

A energia motriz espargida pelos bailarinos, na erudita concepção de Victória Milanez, foi espetacularmente incorporada de beleza, técnica e arte raramente vistas. A sensualidade dos movimentos com a harmonização sonora, embevecia os olhares – e os pensamentos. ...E, ao contrário do choque que poderia gerar em alguns desavisados, surpreendiam- se com a lascívia extraordinariamente somada à virtuosidade musical de Olinda Allessandrini e Cristina Capparelli – pianistas brilhantes e emocionantes –, sintonizadas com os percussionistas da OSPA! Manfredo Schmiedt, como sempre, comprovou a magnitude de seu talento à Música e o carinho eterno de incontável legião de admiradores. É mesmo um maestro do mundo!

Aplausos especiais aos solistas vocais! Carlos Rodriguez, ainda que tímido na primeira parte resgatou, em tempo, brilho e habilidade operística. Hilária e surpreendentemente cênica, foi a especial presença do experiente e elogiado Eduardo Bighelini. E, numa interpretação cálida (bastante explícita nas entrelinhas de toda essa linda obra poética), ao mesmo tempo cândida, tivemos a beleza e o timbre de Luísa Kurtz. Os figurinos de Joice Bertoletti tinham nobreza, sem perturbar a mobilidade do elenco.

Pena que Carl Orff, sabidamente genial e longevo, não tenha visto – pelo menos nesse plano! – tamanha visceralidade e requinte nesta interpretação de sua universal Carmina.

Congratulações também à produção e técnica que, mesmo com irregular distribuição dos programas e algumas falhas na iluminação cênica, foram elogiadamente profissionais para um teatro superlotado. Inclusive justificando os dez minutos de atraso, tempo que acabou dando charme extra ao vultoso evento... Traduzido pela platéia como tempero para uma grande receita, que logo seria saboreada solenemente!

Definitivamente, a homogeneidade proposta entre o medieval e o contemporâneo nesse espetáculo, foi precisa e extraordinária. Milhões de aplausos à iniciativa! Milhões de orações para que o empresariado tenha assistido e, assim, invista ainda mais em espetáculos dessa grandeza! Porto Alegre merece!

Rodrigo Cardoso
Produtor Cultural
Porto Alegre RS.

2 comentários:

Cientista louco disse...

não entendo muito de musica mas sue blog esta muito bom cara parabens

www.leorama.blogspot.com

Morales disse...

tambem não entendo muito de musica,mas pa quem gosta o seu blog é um prato cheio!!!

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Vou sempre colocar aqui algum vídeo musical interessante que eu encontrar no youtube. Esse é o terceiro vídeo que coloco aqui, o The Voca People que estarão aqui em Porto Alegre, direto de Tel Aviv: